top of page

ENVENENAMENTOS EM ANIMAIS DE PEQUENO PORTE

  • portalmundopet
  • 30 de set. de 2015
  • 2 min de leitura

Os envenenamentos são ocorrências comuns nas clínicas veterinárias. Os gatos sofrem mais com envenenamentos, propositais ou não. No entanto, as clínicas recebem mais casos de cães envenenados.

Os gatos são mais atingidos por toda forma de violência e não é diferente no caso dos venenos. Mas, apesar disso, os cães vêm com maior quantidade à clínica para atendimento emergencial, porque os gatos costumam passear sozinhos, acabam ingerindo veneno fora de casa e morrendo sem socorro. Enquanto que os cães, normalmente, são envenenados no próprio quintal de casa ou nos passeios com os proprietários, facilitando a descoberta do envenenamento.

Mortes por envenenamento lideram o “ranking” de mortes abruptas, seguidos por mortes por atropelamento. Os envenenamentos mais comuns acontecem com rodenticidas anticoagulantes, os mata-ratos e estricnina.

Através dos sintomas é possível ter uma idéia do veneno usado. Por exemplo: com rodenticidas anticoagulantes, o animal tem hemorragia, as mucosas ficam pálidas, ocorre letargia e depressão. Com a estricnina ocorrem convulsões, rigidez muscular, taquicardia, hipertermia, apnéia e vômito. Tudo isto ocorre entre 10 a 20 minutos após a ingestão. A morte ocorre por asfixia causada pela paralisia do sistema de controle da respiração do sistema nervoso central, ou por exaustão devido às convulsões.

No Brasil, uma portaria de 1980 proíbe produtos contendo estricnina, que figura na lista da Anvisa de substâncias proscritas no país. No entanto, há locais que comercializam o veneno ilegalmente.

No envenenamento por inseticidas, os sintomas são salivação, lacrimação, diarréia, vômito, constrição das pupilas, contrações musculares, respiração asmática, convulsões e coma.

Outras substâncias que os proprietários podem considerar inofensivas também são culpadas por intoxicações de pequenos animais: remédios de uso humano, aspirina, mertiolate e água boricada, por exemplo.

O chumbinho ou veneno 1080 é um dos venenos mais conhecidos pelo público, à base de estricnina. (“Chumbinho”é o nome popular deste veneno, e não é o chumbinho usado como munição!) Muito utilizado no combate aos ratos, o “monofluoracetato de sódio” é considerado o mais perigoso do mundo porque não tem cor, cheiro ou sabor, é altamente solúvel em água e facilmente absorvido pela pele. Não há nenhum antídoto conhecido e uma colher de chá do veneno pode matar até 100 pessoas adultas. Os sintomas aparecem cerca de 30 minutos após a exposição ao produto e a morte pode acontecer entre duas e sete horas.

O chumbinho não mata apenas o animal envenenado, mas também os outros que estiverem dentro da sua cadeia alimentar. No Brasil, são registradas cerca de 200 mortes de crianças causadas pelo chumbinho por ano.

Às vezes, os “agressores” misturam dois ou mais venenos diferentes em uma mesma isca. O animal começa a ter vários sintomas, dificultando a identificação dos venenos.

O envenenamento de animais está previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal 9.605, de 13/02/98). O artigo 32 da lei diz que é considerado crime ambiental “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. A pena prevista é detenção de três meses a um ano e multa.


 
 
 

Comments


Notícias Destaques
Notícias Recentes
Arquivos
Pesquisa por Tags
Siga-nos
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
bottom of page